sábado, 22 de dezembro de 2012

O CORAÇÃO TEM CÉREBRO

  • O CORAÇÃO TEM CÉREBRO
  • Publicado por Alexiis
  • em 01 de abril de 2012
    Descobriu-se que o coração contém um sistema nervoso independente e bem desenvolvido com mais de 40 mil neurônios e uma completa e espessa rede de neurotransmissores, proteínas e células de apoio.
    Ele é inteligente.
    Graças a esses circuitos tão elaborados, parece que o coração pode tomar decisões e passar à ação independentemente do cérebro; e que pode aprender, recordar e, inclusive, perceber.
    Existem quatro tipos de conexões que partem do coração e vão para o cérebro da cabeça.
    1. A comunicação neurológica mediante a transmissão de impulsos nervosos.
    O coração envia mais informação ao cérebro do que recebe, é o único órgão do corpo com essa propriedade e pode inibir ou ativar determinadas partes do cérebro segundo as circunstâncias.
    Significa que o coração pode influenciar em nossa maneira de pensar.
    Pode influenciar em nossa percepção da realidade e, portanto, em nossas reações.
    2. A informação bioquímica mediante hormônios e neurotransmissores.
    É o coração que produz o hormônio ANF, aquele que assegura o equilíbrio geral do corpo: a homeostase.
    Um dos efeitos é inibir a produção do hormônio do estresse e produzir e liberar a oxitocina, que é conhecida como o hormônio do amor.
    3. A comunicação biofísica mediante ondas de pressão.
    Parece que através do ritmo cardíaco e suas variações, o coração envia mensagens ao cérebro e ao resto do corpo.
    4. A comunicação energética.
    O campo eletromagnético do coração é o mais potente de todos os órgãos do corpo: 5 mil vezes mais intenso que o do cérebro.
    E tem-se observado que muda em função do estado emocional.
    Quando temos medo, frustração ou estresse se torna caótico.
    E se organiza com as emoções positivas.
    Sim. E sabemos que o campo magnético do coração se estende ao redor do corpo entre dois ou quatro metros, ou seja, todos que estão ao nosso redor recebem a informação energética contida em nosso coração.
    A que conclusões nos levam estas descobertas?
    O circuito do cérebro do coração é o primeiro a tratar a informação que depois passa para o cérebro da cabeça.
    Não será este novo circuito um passo a mais na evolução humana?
    Há duas classes de variação da frequência cardíaca: uma é harmoniosa, de ondas amplas e regulares e toma essa forma quando a pessoa tem emoções e pensamentos positivos, elevados e generosos.
    A outra é desordenada, com ondas incoerentes e aparece com as emoções negativas. Sim, com o medo, a raiva ou a desconfiança.
    Mas há mais: as ondas cerebrais se sincronizam com estas variações do ritmo cardíaco; ou seja, o coração incentiva a cabeça.
    A conclusão é que o amor do coração não é uma emoção, é um estado de consciência inteligente.
    O cérebro do coração ativa no cérebro da cabeça centros superiores de percepção completamente novos que interpretam a realidade sem se apoiar em experiências passadas.
    Este novo circuito não passa pelas velhas memórias, seu conhecimento é imediato, instantâneo e, por isso, tem uma percepção exata da realidade.
    Está demonstrado que quando o ser humano utiliza o cérebro do coração, ele cria um estado de coerência biológica, tudo se harmoniza e funciona corretamente, é uma inteligência superior que se ativa através das emoções positivas.
    Este é um potencial não ativado, mas começa a estar acessível para um grande número de pessoas.
  • E como posso ativar esse circuito?
  • Cultivando as qualidades do coração: a abertura para o próximo, o escutar, a paciência, a cooperação, a aceitação das diferenças, a coragem.
    É a prática dos pensamentos e emoções positivas.
    Em essência, liberar-se do espírito de separação e dos três mecanismos primários: o medo, o desejo (avareza) e a ânsia de controle, mecanismos que estão ancorados profundamente no ser humano porque nos têm servido para sobreviver por milhões de anos.
    E como nos livramos deles?
    Assumindo a posição de testemunhas, observando nossos pensamentos e emoções sem julgar e escolhendo as emoções que possam nos fazer sentir bem.
    Devemos aprender a confiar na intuição e a reconhecer que a verdadeira origem de nossas reações emocionais não está no que ocorre no exterior, e sim no nosso interior.
    Cultive o silêncio, entre em contato com a natureza, viva períodos de solidão, medite, contemple, cuide de seu entorno vibratório, trabalhe em grupo, viva com simplicidade.
    E pergunte a seu coração quando não saber o que fazer.
    Annie Marquier, matemática e pesquisadora da consciência.
    Professora em Soborne, França, fundou no Quebec o Instituto para o Desenvolvimento da Pessoa.
    É autora de "O poder de escolher", "A liberdade de ser" e "O mestre do coração".